Oficinas com os Pais

Com muita alegria realizamos no dia 28 de junho a primeira oficina de Educação Digital com cerca de 60 pais e mães interessados em aprofundar as reflexões sobre este tema.

As oficinas foram organizadas abordando aspectos diferentes do uso de tecnologias e as pessoas se inscreveram para os temas: Educação Infantil e Tecnologia, o tablet é o melhor brinquedo?; Grupos de WhatsApp de pais – como fica a autonomia das crianças e cuidados com exposição e conteúdos; e os filhos adolescentes e a tecnologia, as leis e cuidados com as redes sociais.

Foram muito ricas as reflexões e gostaríamos de compartilhar com todos alguns registros que nos parecem importantes para o conhecimento de toda a comunidade escolar, no sentido de continuarmos a conversa para educarmos cada vez melhor nossas crianças e adolescentes.

ofiina3Na primeira oficina, mais voltada para a Educação Infantil, o grupo conversou sobre o uso de tecnologia pelas crianças – benefício ou perda da infância? – bem como refletiu sobre qual é a idade ideal as crianças podem começar a usar o computador e assistir televisão.

Pais e Mães demonstraram estar bastante envolvidos com o tema e as discussões foram intensas. Ao socializarem suas conclusões, pontuaram que o uso da tecnologia tem muito mais desvantagens do que vantagens na primeira infância. Viram que o excesso do eletrônico pode provocar intolerância, ansiedade, dificuldade motora corporal, irritabilidade, agressividade, entre outras. Os pais e mães também perceberam os benefícios, como perseverança e atenção.

Foi unânime que o ideal na idade de 0 a 6 anos, é que as crianças tenham a possibilidade de brincar, com ou sem brinquedos, brincar evitando tantas tecnologias, brincar prevalecendo o faz de conta.

O grupo destacou que dentro das famílias é muito importante o bom senso dos pais na hora de escolher os brinquedos oferecidos às crianças e que é na família também que se inicia o processo de educação digital, ou seja, o estabelecimento de regras e combinados para o uso correto destas ferramentas.

Na segunda oficina, a proposta foi a de refletir com os pais sobre os grupos de WhatsApp, tanto das crianças como dos próprios pais e mães.

Algumas ideias apresentadas após a leitura de textos* e discussão nos pequenos grupos foram:

  • É importante que os filhos assumam as suas responsabilidades oficina1enquanto alunos e que aprendam com seus próprios erros. A proteção em demasiado, quando os pais resolvem as coisas por eles, pode lhes tirar este direito.
  • Os grupos de WhatsApp podem ser bastante positivos quando usados para dar sugestões de programação cultural, combinar algum evento da sala, fazer combinações sobre alguma atividade coletiva, mas devemos ter cuidados:
  1. Não expor as crianças;
  2. Refletir antes de postar, analisando a linguagem, conteúdo e clareza da ideia a ser compartilhada.
  3. Resolver problemas particulares pessoalmente na escola;
  4. Ética e boa educação devem nortear toda a comunicação, inclusive no ambiente virtual;
  5. Supervisão dos pais caso as crianças participem de redes sociais. A presença e o carinho constantes são o que realmente importam para a educação das crianças.
  6. Atenção às crianças mais tímidas, que podem se esconder ainda mais atrás das “telinhas”.
  7. Definição dos objetivos dos grupos e vigilância por parte dos participantes e moderadores;

oficina2Na terceira oficina, os presentes, na sua maioria pais de alunos do Ensino Fundamental II, trouxeram para o debate preocupações como o acesso às redes sociais e solicitaram formas de acompanhar o uso da internet por parte dos filhos. Surgiram relatos de cyberbullying. Manifestou-se a preocupação com a pressão que os colegas exercem sobre seus filhos para que entrem no mundo virtual. Trocou-se ideia sobre como os pais podem e devem orientar os filhos para o uso saudável das redes sociais.

Surgiu ainda a preocupação com o acesso à internet pelo Wi Fi do colégio, o que estaria prejudicando a interação entre os alunos. Falou-se da qualidade da caligrafia dos alunos e o perigo destes serem assaltados, visto que carregam consigo tablet ou smartphone.

Depois o grupo assistiu parte da palestra da Dra. Patrícia Peck, que insiste na obrigação dos pais estarem presentes na “vida virtual” dos seus filhos e empodera os pais diante deles, devolvendo-lhes a autoridade. O grupo ouviu a explanação feita pela mãe e advogada Eliane Siemann (colaboradora do grupo da Educação Digit@l), a respeito das questões legais que envolvem a utilização da internet por crianças e adolescentes, do cyberbulling, questão muito preocupante que mereceu uma lei, sancionada em novembro de 2015, e que instituiu um programa de combate à intimidação sistemática (bullying). Dúvidas foram esclarecidas e o grupo sentiu-se mais seguro para orientar os filhos. Foram sugeridas à escola algumas ações para aprimorar o processo de educação digital bem como a utilização das ferramentas e recursos digitais para fins didáticos.

As trocas que ocorreram durante o debate foram proveitosas tanto para os pais, que pela avaliação, sentiram-se mais seguros par orientar os filhos, quanto para a escola que colheu informações importantes para aprimorar o projeto Educação Digit@l e para o projeto Letramento Digital, que está sendo elaborado pelos técnicos da área da informática e pelo conjunto dos professores do Salesiano.

Uma sugestão para a reflexão deste grupo seria o texto Inteligência social, mas não houve tempo hábil. Fica o convite para a leitura, no site da UOL.

Certos de que faremos um bom trabalho em parceria, através da reflexão e ações que colaborem para a educação digital de todos, agradecemos a presença e participação. Finalizamos deixando como sugestão que assistam em família a Palestra “Cuidados e Responsabilidades com o uso da Internet”, ministrada em 2014 no Salesiano por Patrícia Peck, advogada e especialista em direito digital. O vídeo está no menu à direita no nosso blog.

* Textos utilizados para reflexão na oficina 2:

Acesse o site do nosso Colégio para ver mais fotos das oficinas!

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